Na noite desta terça-feira (7) a Rede Sustentabilidade – partido que Marina Silva tentou criar, mas não conseguiu aprovação da Justiça Eleitoral – se reuniu e decidiu apoiar Aécio Neves (PSDB) no segundo turno.
A ex-senadora já mostrava que iria apoiar o candidato tucano, mas esperava o aval de seus colegas que formam a Executiva da Rede. Segundo o coordenador-geral da campanha de Marina, Walter Feldman, a decisão dos 24 membros da Executiva da Rede é que Dilma não deve continuar no poder.
“A decisão Executiva da Rede, que tem 24 membros, é pela não continuidade do atual governo. E que é preciso uma mudança, mas uma mudança qualificada.”
Agora o Diretório da Rede, que tem 120 pessoas, receberá essa decisão e discutirá nesta quarta (8) sobre ela para que então Marina Silva venha a se manifestar confirmando seu apoio ao ex-governador de Minas Gerais.
“A Marina se pronunciou na reunião e o pronunciamento foi na direção dessa decisão final. É fundamental para a Marina ter o respaldo da Rede”, disse Feldman à Folha de São Paulo.
Mas antes de se manifestar dando apoio ao candidato tucano, Marina tem feito alguns pedidos para que o plano de governo do PSDB contemple pontos que para ela são importantíssimos. Entre eles o comprometimento com os índios e com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
Já o PSB ainda não se manifestou sobre o apoio do segundo turno e de acordo com o blog de Gerson Camarotti, do G1, o partido de Eduardo Campos, falecido em agosto vítima de um acidente de avião, teria recebido do PT um recado em tom de ameaça para impedir que a legenda apoie Aécio Neves.
“Integrantes do PSB de Pernambuco receberam recados em tom de ameaça de emissário do PT. A campanha de Dilma deixou claro que deseja a neutralidade do partido neste segundo turno”, escreveu o jornalista.
